Além de serem muito fofos, os animais de estimação podem ajudar a promover a saúde e o bem-estar e reduzir a solidão, aponta um novo estudo publicado Complementary Therapies in Clinical Practice. Na análise, os autores focaram em idosos e estudantes internacionais, grupos descritos como particularmente propensos ao isolamento social.
Entenda:
- Pets podem ajudar a reduzir a solidão e promover a saúde e o bem-estar, apontam pesquisadores;
- Um estudo reuniu estudantes internacionais e idosos que vivem em casas de repouso, realizando encontros semanais com animais de estimação;
- Os participantes preencheram questionários sobre solidão, conexões sociais, saúde mental e bem-estar antes e depois do experimento;
- Como resultado, os pesquisadores observaram reduções significativas no sentimento de solidão e uma melhora na saúde.
De acordo com a equipe – formada por pesquisadores da Universidade Monash e do Peninsula Health, ambos na Austrália –, o convívio com animais de estimação durante o estudo não só ajudou os participantes a criarem laços sociais e se sentirem menos solitários, mas, com isso, ainda trouxe melhorias para a saúde mental, o bem-estar e as funções cerebrais.
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Estudo usou pets reais e robóticos para reduzir a solidão
Para o estudo, os pesquisadores reuniram 10 estudantes internacionais (com idade média de 22 anos), seis idosos que vivem em casas de repouso (com idade média de 83 anos) e três funcionários de alta gerência dessas instituições de cuidados. Ao longo de 18 semanas, os participantes se reuniram presencialmente e realizaram “atividades assistidas por animais”.
Os encontros duravam uma hora por semana e sempre envolviam animais de estimação – incluindo pets trazidos pelos próprios familiares dos participantes, cães ou gatos robóticos e até o cachorro de estimação da autora principal do estudo, Em Bould.

Os participantes preencheram questionários antes e depois do estudo, respondendo questões relacionadas à solidão, conexões sociais, bem-estar e saúde mental. “Descobrimos que tanto adultos mais velhos quanto estudantes internacionais experimentaram uma redução significativa nos sentimentos de solidão e uma melhora significativa em sua saúde. A presença de animais de estimação vivos, em particular, ajudou a quebrar o gelo e facilitou as conversas entre os participantes”, explica Bould em comunicado.
O interesse em comum pelos animais de estimação “realmente ajudou a iniciar a conversa”, disse um idoso que participou do estudo aos pesquisadores. “Não tenho companhia, então gostei de conversar com os alunos sobre animais, mas também conversamos sobre outras coisas. Isso me animou.”