A decisão da Nike de encerrar um de seus projetos no ano passado pode gerar muita dor de cabeça para a empresa. Uma ação coletiva acusa a gigante do setor de provocar prejuízos significativos para investidores.
Segundo o processo, a companhia violou o direito dos consumidores ao promover NFTs temáticos de tênis e depois encerrar a plataforma. Estes produtos virtuais são armazenados em uma blockchain, que atua como um registrador digital público e imutável da propriedade.
Empresa pode ter que pagar uma indenização milionária
- A ação alega que os NFTs eram valores mobiliários não registrados, já que a Nike os vendeu sem se registrar na Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos.
- De acordo com o processo, os investidores compraram esse ativo digital com a esperança de que seu valor aumentasse no futuro à medida que o projeto ganhasse popularidade com base na marca Nike.
- E por conta disso pede uma indenização de US$ 5 milhões (cerca de R$ 28 milhões), acusando a empresa de violar leis de proteção ao consumidor e leis estaduais sobre práticas comerciais desleais e concorrência.
- A Nike não se pronunciou oficialmente sobre o caso até agora.
- As informações são da The Verge.

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Investidores reclamam que decisão da Nike causou prejuízos importantes
Em 2021, a Nike adquiriu a empresa de NFTs RTFKT Studios, que criou os tênis virtuais. A ideia é que os tokens comprados pudessem ser negociados no mercado secundário e usados para completar desafios e missões, o garantiria recompensas.
No entanto, a Nike decidiu encerrar o projeto. Esta medida fez com que os preços dos ativos digitais despencassem, causando prejuízos importantes para quem havia adquirido os NFTs. Além disso, o fim da iniciativa acabou com a oportunidade de participar dos desafios e missões, que o grupo argumenta ter sido um dos principais motivos para a compra dos tokens.

O mercado geral de ativos digitais caiu drasticamente no primeiro trimestre de 2025, com as vendas despencando 63% na comparação com o mesmo período do ano passado. Foram US$ 1,5 bilhão em vendas de janeiro a março de 2025, muito abaixo dos US$ 4,1 bilhões no mesmo período em 2024.