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Antes mesmo do tarifaço imposto por Donald Trump, a disputa comercial entre Estados Unidos e China estava quente. A Casa Branca tem adotado diversas ações para restringir o acesso de Pequim a produtos de ponta tecnológicos, como os chips semicondutores.
Nesta semana, o governo norte-americano adotou mais restrições para a venda de novos modelos de chips de inteligência artificial, bem como a exigência de uma licença para comercializações futuros. A maior afetada pelo endurecimento das regras é a Nvidia.
Vendas do modelo H20 da Nvidia podem ser impactadas
A Nvidia domina o mercado de semicondutores de IA e tem uma importante participação na China. Nos últimos meses, no entanto, as sanções dos EUA abriram espaço para que empresas chinesas disputassem essa fatia.
Isso porque vários chips avançados não podem mais ser vendidos para Pequim. Uma restrição que gera grande temor na Nvidia, e que agora ficou ainda mais dura.
A resposta da gigante do setor após as primeiras proibições foi a modificação de um de seus principais chips de IA, o H100. O objetivo era deixar as especificações do produto dentro do exigido para as vendas. Assim, nasceu o modelo H20.

O problema é que, agora, este novo chips também será afetado. O governo dos EUA vai passar a exigir novos requisitos de licenciamento de exportação para o H20. O Departamento de Comércio do país disse que a medida não proíbe as vendas e que foi tomada para “está comprometido em agir de acordo com a diretriz do presidente para “salvaguardar a segurança nacional e econômica”.
A Nvidia, por sua vez, preferiu não se pronunciar sobre a nova restrição, informando apenas sobre as novas regras. O preço das ações da empresa caiu mais de 5%, com os investidores prevendo um impacto de até US$ 5,5 bilhões na receita da companhia.
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Disputa pela hegemonia tecnológica mundial
- Além de fomentar a produção nacional de chips e o desenvolvimento da inteligência artificial, o governo dos Estados Unidos tenta impedir o acesso da China aos produtos.
- O movimento tem sido chamado de “guerra dos chips“.
- Pequim foi impedida não apenas de importar os chips mais avançados, mas também de adquirir os insumos para desenvolver seus próprios semicondutores e supercomputadores avançados, e até mesmo dos componentes, tecnologia e software de origem americana que poderiam ser usados para produzir equipamentos de fabricação de semicondutores para, eventualmente, construir suas próprias fábricas para fabricar seus próprios chips.
- Além disso, cidadãos norte-americanos não podem mais se envolver em qualquer atividade que apoie a produção de semicondutores avançados na China, seja mantendo ou reparando equipamentos em uma fábrica chinesa, oferecendo consultoria ou mesmo autorizando entregas a um fabricante chinês de semicondutores.
- Por fim, a Casa Branca anunciou recentemente novas regras com o objetivo de impedir que Pequim tenha acesso aos produtos por meio de países terceiros.